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--Ciduca BarrosEsta historieta aconteceu quando nós trabalhávamos na agência do Banco do Brasil de Currais Novos (RN), a Princesa do Seridó.
Estávamos na década de 1960, em plena época da contratação de empréstimos de custeio agrícola.
Com a agência carente de funcionários, e com a grande demanda de empréstimos, não nos era possível atender com a presteza e a rapidez que o período chuvoso exigia.
Isto, naturalmente, ocasionava muitas queixas da clientela rural, uma vez que, em muitos casos, alguns eram obrigados a voltar ao Banco várias vezes.
Achávamos até natural as reclamações dos mutuários, porém não estávamos preparados para a reação de um deles.
Mínis e pequenos agricultores do nosso árido Seridó não tinham (e acredito que ainda não têm) acesso aos tratores agrícolas.
Quem supria (e acredito que ainda supre) a falta daquelas máquinas eram os bois de serviço.
O boi, para aqueles que não sabem, são touros castrados usados na lavoura e no transporte de carga.
Portanto, são animais utilíssimos para o campo.
Naquele ano, apesar das dificuldades operacionais, financiamos diversos bois de serviços.
E lembramos que, certo dia, um mutuário disse algo para os demais no balcão, que ouvimos, de relance, mas esquecemos logo depois:
– Se o Banco do Brasil financiar o meu boi de serviço vou prestar uma homenagem aos seus funcionários.
Passado o inverno, decorrido o prazo da entressafra, eis que começaram a chegar os laudos das fiscalizações dos empréstimos.
E um daqueles laudos, chamou a nossa atenção.
Ali o nosso fiscal consignou: "o mutuário adquiriu um boi de serviço, mestiço de Zebu, de cor marrom, com cerca de quatro anos de idade, que atende pelo nome de Bancário".
Qual foi o mutuário? Justamente, aquele que afirmou que faria uma homenagem ao laborioso quadro funcional do Banco do Brasil.
Aquele singelo ato de consideração nos deixou realmente sensibilizados.
Alguém que presenciou a nossa incansável labuta, reconhecendo o nosso ingente esforço, resolveu, da sua maneira simples e humilde, nos prestar uma justa homenagem.
Sintetizando: um boi, símbolo de força e trabalho (apesar dos chifres!), chamava-se Bancário.
Todos nós pensávamos assim até o homenageante voltar à agência para receber mais uma parcela do seu empréstimo agrícola.
Um dos homenageados, ainda ufanado pelo justo preito, perguntou-lhe por que ele resolveu chamar o seu boi de "Bancário".
E a sua resposta veio como uma bomba, para todos nós:
– Ele se chama Bancário porque eu nunca vi um bicho tão preguiçoso
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