19/02/2015
Estou convencido que sou mesmo uma besta quadrada. Quem já viu, em Natal, alguém não gostar do puxa-saquismo dos cronistas sociais? Quando o Novo Jornal foi lançado trazia uma proposta de um jornalismo diferente. Nem cronista social havia no começo, não senti falta. Depois veio o primeiro com uma proposta bastante razoável, mas resolveu apelar para piadas muito chulas geralmente, inclusive gozando os gays muitas vezes, numa demonstração de mau gosto. Depois contratou mais um e agora resolveu aumentar o cordão dos puxa sacos, lá vem o terceiro. Estou convencido que crônica social deve ser o supra sumo do jornalismo e uma preciosidade da cultura natalense e quem sabe mundial, pois me disseram que o outro jornal da Ribeira tem 5 cronistas sociais. Um leitora comentou que eu não gosto de cronista social porque não apareço em suas crônicas. Graças a Deus, para aparecer em jornal não preciso fazer coco na pia batismal e se algum cronista social citar meu nome, eu vou cobrar cachê. Prometi que iria cancelar minha assinatura. Mas iria lamentar muito me privar dos excelentes textos de: Cassiano Arruda, Sheyla Azevedo, Everton Dantas, Carlos Magno, Roberto Guedes, Machadinho, Dodora Guedes, Albimar Furtado, Aluisio Lacerda, Franklin Jorge (no último domingo ele estava insuperável), François Silvestre. Por todos eles vou continuar assinando o Novo Jornal, mas exercendo o meu direito de dizer que três cronistas sociais é dose para elefante.
Graldo Batista.
20/02/2013
Ontem, depois da apuração do desfile das Escolas de Samba do grupo especial, fui pra a igreja tomar cinzas e pedir perdão pelos meus pecados e pelos dos jurados que deram o título à Beija Flor do bicheiro, Aniz Abraham David. (Faço justiça ao jurado Eri Galvão, irmão do grande Galvão, pintor e compositor e cantor, que deu nota 10 à Portela). A vitória da Beija Flor em homenagem à Guiné Equatorial, país que vive sob a ditadura de Teodoro Obiang há mais de 30 anos, decepcionou muita gente apaixonada pelo carnaval carioca. Segundo Caio Barreto, "A Beija Flor se vendeu por 10 milhões ao um ditador africano". Começou errando pela Comissão de Frente que atropelou a história com o homem de Neandertal, que nunca pisou na África, pois ele habitou a Europa e partes do oeste da Ásia. Quem habitou na África foi o Homo sapiens. A professora da UFRJ, Beatriz Rezende, afirmou: "É vergonhoso saudar uma ditadura". Até o sisudo The Wall Street Journal estranhou a homenagem ao país do ditador Teodoro Obian, afirmando: "...foi incomum mesmo para os padrões permissíveis do Rio de Janeiro". A vitória da Beijar Flor foi uma afronta à Portela, jogada para o vergonhoso 6º lugar. O desfile da escola de Paulinho da Viola empolgou o público presente e fez toda a avenida cantar seu samba. De nada adiantaram os gritos de "É campeão, É campeã". Ferreira Gullar, do alto dos seus 80 anos de vida e de muita cultura, desabafou: "Temo que em 2016 a Beija Flor faça apologia à Coreia do Norte. Ou ... quem sabe ao Estado Islâmico". Mesmo sem entender bulhufas de carnaval tenho o direito de dizer o que penso há muitos anos: O carnaval carioca virou espetáculo para turistas e indústria e plataforma de celebridades, baseado no que diz Paulinho da Viola. O verdadeiro carnaval de samba no pé que empolga o povão, agora, só resiste nos blocos que teimosamente estão voltando às ruas de todo Brasil, para a alegria de quem gosta do verdadeiro carnaval.
Geraldo Batista.
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