sábado, 13 de abril de 2013

RE: 5606 { Gênesis } => Fwd: Fwd: Sexalecentes vc sabe o que é?

Para mim, um texto bem ajustado...Muito bom!
 
      O sexalecente  é um perfil bem interessante a se cultivar em meio a discriminação social com relação ao idoso da escala cronológica ...
 
       A começar pelas exigências  dos planos de saúde por exemplo, que ainda enxergam os mais de 59 como clientes vulneráveis às enfermidades e doenças pré-existentes (?), constituindo uma ameaça aos lucros financeiros das seguradoras e das corporações médicas por exemplo.
       Lembro-me que antigamente, os mais velhos (avo/as e bisa/s )tinham lugares no seio da família de muito respeito e consideração. Eram bem cuidados pelos "mais jovens", recebiam toda atenção dos adultos ,dos jovens e das crianças (aqui nem se fale!!) e todos se envolviam com os sábios conselhos que eles transmitiam pela experiência de vida...
      Isso precisa ser resgatado!
     Hoje, sequer são ouvidos e vivem na exclusão familiar na maioria das vezes pela incapacitação física e até mental por doenças que surgiram diante das exigências das pressões sociais no que tange ao progresso, avanços de setores da economia, da tecnologia, da competividade, e de todos os conflitos gerados pelas guerras e guerrilhas e, ....etc.
       Todo cidadão ainda jovem ou adulto (menos de 50) tem um sexalecente dentro de si e um "idoso" ou "idoso aposentado" também. Portanto,há que se reescrever e registrar essa estória de colocar as idades nos devidos lugares, resgatando os valores humanos de forma geral e a inclusão deste SER HUMANO dentro desta nova sociedade que se pleiteia no amplo conceito de cidadania planetária. Afinal, a criança de hoje será o idoso de amanhã!! Simples assim.
       A pergunta que precisamos nos fazer é essa: Por quê as pessoas (nós e os outros) tem tanto medo de envelhecer e viver em conformidade com a idade que tem hoje em dia?
       Que loucura é essa?
       Grande Abraço Cósmico
 
       Rosa Maria
 
P.S.: A propósito informo que estou com 63 anos e sou jovem a muito, a muito tempo!! RS* 

 

Date: Tue, 9 Apr 2013 21:50:31 -0300
Subject: 5593 { Gênesis } => Fwd: Fwd: Sexalecentes vc sabe o que é?
From: josenios@gmail.com
To:

SEXALECENTE: Não se faz mais velhos como antigamente
Por Mirian Goldenberg (antropóloga)

Se estivermos atentos, podemos notar que está surgindo uma nova faixa social, a das pessoas que estão em torno dos sessenta/setenta anos de idade, os sexalescentes:- é a geração que rejeita a palavra "sexagenário", porque, simplesmente, não está nos seus planos, deixar-se envelhecer.

Trata-se de uma verdadeira novidade demográfica - parecida com a que, em meados do século XX, se deu com a consciência da idade da adolescência, que deu identidade a uma massa jovens de oprimidos em corpos desenvolvidos, que até então não sabiam onde meter-se nem como vestir-se.


Este novo grupo humano, que hoje ronda os sessenta/setenta, teve uma vida razoavelmente satisfatória.

São homens e mulheres independentes, que trabalham há muitos anos e que conseguiram mudar o significado tétrico que tantos autores deram, durante décadas, ao conceito de trabalho.


Que procuraram e encontraram há muito a atividade de que mais gostavam e que com ela ganharam a vida.

Talvez seja por isso que se sentem realizados...
Alguns nem sonham em aposentar-se. E os que já se aposentaram gozam plenamente cada dia sem medo do ócio ou solidão.

Desfrutam a situação, porque depois de anos de trabalho, criação dos filhos, preocupações, fracassos e sucessos, sabem bem olhar para o mar sem pensar em mais nada, ou seguir o voo de um pássaro da janela de um 5.º andar....


Neste universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel destacado.


Traz décadas de experiência de fazer a sua vontade, quando as suas mães só podiam obedecer, e de ocupar lugares na sociedade que as suas mães nem tinham sonhado ocupar.

Esta mulher sexalescente sobreviveu à bebedeira de poder que lhe deu o feminismo dos anos 60.


Naqueles momentos da sua juventude em que eram tantas as mudanças, parou e refletiu sobre o que na realidade queria.


Algumas optaram por viver sozinhas, outras fizeram carreiras que sempre tinham sido exclusivamente para homens, outras escolheram ter filhos, outras não, foram jornalistas, atletas, juízas, médicas, diplomatas.

Mas cada uma fez o que quis : reconheçamos que não foi fácil, e no entanto continuam a fazê-lo todos os dias.

Algumas coisas podem dar-se por adquiridas.

Por exemplo, não são pessoas que estejam paradas no tempo: a geração dos "sessenta/setenta", homens e mulheres, lida com o computador como se o tivesse feito toda a vida.


 Escrevem aos filhos que estão longe e até se esquecem do velho telefone para contatar os amigos - mandam e-mails com as suas notícias, ideias e vivências.

De uma maneira geral estão satisfeitos com o seu estado civil e quando não estão, não se conformam e procuram mudá-lo. Raramente se desfazem em prantos senti mentais.


Ao contrário dos jovens, os sexalescentes conhecem e pesam todos os riscos.


Ninguém se põe a chorar quando perde: apenas reflete, toma nota, e parte para outra...

... Os homens não invejam a aparência das jovens estrelas do desporto, ou dos que ostentam um terno Armani, nem as mulheres sonham em ter as formas perfeitas de um modelo.


Em vez disso, conhecem a importância de um olhar cúmplice, de uma frase inteligente ou de um sorriso iluminado pela experiência.


Hoje, as pessoas na década dos sessenta/setenta, como tem sido seu costume ao longo da sua vida, estão estreando uma idade que não tem nome.


 Antes seriam velhos e agora já não o são.Hoje estão de boa saúde, física e mental, recordam ajuventude mas sem nostalgias parvas, porque a juventude ela própria também está cheia de nostalgias e de problemas.


Celebram o sol em cada manhã e sorriem para si próprios...Talvez por alguma secreta razão que só sabem e saberão os que chegam aos 60/70 no século XXI!


Por Mirian Goldenberg

Mirian Goldenberg é brasileira, doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia do IFCS/UFRJ. É colunista do Caderno Equilíbrio da Folha de São Paulo. É professora convidada da Casa do Saber do Rio de Janeiro.  
 




 





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1 comentários:

Unknown disse...

Ótimo texto.Esclarecedor.
Não sabia o que era sexalescente.

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