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| Por uma vida saudável, coma mais peixe Posted: 06 Nov 2012 02:22 AM PST De vaca, frango e peixe – todo mundo nada de braçada quando tem que responder quais são os principais tipos de carne disponíveis para consumo. E ninguém erra ao dizer que a última não só esbanja nutrientes como é magra, magra. Apesar disso, são as outras duas que vivem disputando espaço no prato dos brasileiros. Em números, isso se traduz assim: cada um de nós consome cerca de 9 quilos de peixe por ano, quando a recomendação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) é que esse valor seja de 16 quilos. É evidente que tal cenário muda de acordo com cada região. No Norte e Nordeste do Brasil, onde o acesso ao pescado é mais fácil, o consumo por pessoa é mais significativo do que em outros cantos do país. Agora, quando o assunto é carne de vaca ou frango, definitivamente não há economia. A ingestão por pessoa, em um ano, está quase batendo nos 40 quilos. Que fique claro: ninguém aqui está dizendo que é para dar adeus ao contrafilé bem passado e ao peito de frango grelhado. Só que, no jogo de revezamento da nutrição, os peixes merecem ser convocados com maior frequência para mostrar todo o seu potencial. “Em termos de proteínas, minerais e vitaminas, eles não se diferenciam tanto das carnes de outras espécies”, defende a nutricionista Lilia Zago, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). No quesito gordura, saem na frente: os nadadores de águas frias são ricos em ômega-3, um ácido graxo poli-insaturado que é considerado protetor do coração. “As primeiras evidências dos efeitos benéficos do ômega-3 surgiram na década de 1970, quando se constatou que, apesar do consumo expressivo de gorduras, os esquimós da Groenlândia exibiam valores baixos de lipídios sanguíneos, como triglicérides e colesterol LDL, considerado ruim”, informa Lilia Zago, da Uerj. Já o colesterol HDL, parceiro das artérias, estava nas alturas. As análises mostraram, então, que a gordura poli-insaturada abrigada nos peixes marinhos respondia por tantos ganhos. Aqui, há de se fazer um alerta. A maior parte do ômega-3 está localizada nos olhos, no fígado e no cérebro dos peixes – partes que os esquimós e japoneses devoram sem pestanejar, mas que, para a maioria das pessoas, não são, digamos assim, muito apetitosas. “Costumamos comer o filé, onde há quantidades ínfimas da gordura boa”, lembra Dennys Cintra, professor de nutrigenômica da Universidade Estadual de Campinas, no interior de São Paulo. A exceção fica por conta da sardinha vendida em latas. É que, quando capturada, ela vai inteirinha para o recipiente. Só não percebemos porque está desidratada. Para ajudar a turbinar a presença do ômega-3 no cardápio, essas informações serão publicadas em breve pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em sua nova diretriz sobre gorduras. “O objetivo é que o profissional de saúde oriente seus pacientes a colocarem peixes e outras fontes de ômega-3 na alimentação, como óleos de soja, canola e linhaça”, conta a nutricionista Roberta Cassani, da SBC. Vale esclarecer que a importância dos pescados na dieta não é contestada. Tanto é que o documento da entidade orienta que eles sejam levados à mesa pelo menos duas vezes por semana. Isso porque reúnem pouca gordura saturada, aquela que aumenta a concentração de colesterol ruim no sangue. “Para comprovar isso, basta esfarelar a carne de peixe com os dedos. Certamente sua mão não ficará toda engordurada”, desafia Cintra. Na hora de seguir a recomendação de investir em peixes, o menu pode ficar bem mais variado se contarmos com as espécies que nadam nas bacias hidrográficas brasileiras. Diferentemente daquelas que vivem no mar, elas não contam com teores tão expressivos de ômega-3. “A não ser que incluam o nutriente na ração dos pescados criados em tanques”, pondera Jorge Antônio Ferreira de Lara, pesquisador da área de ciência e tecnologia de carnes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa Pantanal, que fica em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. De qualquer forma, os nadadores das águas doces também oferecem doses caprichadas de vitaminas e minerais, além de proteínas de altíssimo valor biológico – como são definidas aquelas que nosso organismo aproveita com muita eficiência. Já no aspecto sabor, há algumas diferenças relevantes. “Geralmente, a carne do peixe de rio é mais suave”, avalia Flávia Calixto, chefe da unidade de Tecnologia do Pescado da Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj). No entanto, há quem identifique um gosto de terra nessas variedades. “Em água parada ou com pouco movimento, há proliferação de alguns micro-organismos que produzem substâncias que se depositam no peixe, conferindo-lhe esse sabor”, explica o pesquisador da Embrapa. Daí a necessidade de contar com um bom manejo. Como isso não depende de nós, consumidores, o melhor a fazer é buscar referências para descobrir um fornecedor confiável. Leia o restante da reportagem na revista Saúde. Para ler mais:
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