Muié quandu qué, ninguéin sigura!
Um fazendeiro mineiro ia indo a pé para sua fazenda lá pros cafundó de Gisdifora, MG. No caminho, comprou um balde, um galão de tinta, dois frangos e um ganso, todos os animais vivos. Quando saiu da loja, parou e ficou matutando sobre como levar as compras para casa. Enquanto coçava a cabeça, apareceu uma mulher que lhe perguntou como chegar até uma tal de Fazenda Baluarte.
- Bem, diz o fazendeiro, minha fazenda fica pertim desse sítio. Eu podia te levá té lá, mas inda não resorvi como vou carregá isstudo aqui. A mulher sugeriu:
- Cê bota o galão de tinta den du barde, carrega o barde numa mão, o ganso nôtra mão e um frango dibái di cada braço, uai!
- Brigadu! - disse o homem. - Boa idéia.
A seguir, partiram os dois pela estrada. No caminho, ele disse:
- Qui sê acha di cortá caminho e pegá esse ataio pelo mato? Nóis vamo economizá muito tempo.
A mulher o olhou cautelosamente e disse:
- Óia, eu tô sozinha e num tenho como me defendê. Como vou sabê se quando a gente entrá no mato ocê não vai avançá em cima de mim, levantá minha saia e abusá de mim?
- Uai! Eu tô carregano um barde, um galão de tinta, dois frango e um ganso? Como eu ia fazê isso concê, com tanta coisa nas mão? Se eu sortá o ganso e os frango, êis foge tudim!E ela responde:
- Muito simples, uai. Cê bota o ganso no chão, pôe o barde invirtido em cima dele, coloca o galão de tinta prá pesá em cima do barde.
- E os dois frango? - pergunta ele.
- Ué, eu seguro !
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Muié quandu qué...
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