Amados Genesianos,
".... Há momentos na vida quando, em algum lugar entre a eternidade e o tempo, um impulso divino se manifesta em cada um de nós a partir das profundezas da alma humana. É o despertar! O despertar da fé adormecida, que vem da raiz de uma nova consciência, quando temos que enfrentar os desafios de nos desligarmos de padrões habituais e sentirmos o chamado a uma vida de serviço que não nos faz alienados da vida de nossa alma, através das muitas intimações da imortalidade..."
Segue uma reflexão que transcrevi do anexo.
Paz Profunda e Amor Pleno
Sol Cristal
Conta-se que um dia, um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas.
--- Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sôbre o céu e o inferno.
O monge de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse:
--- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está, imundo. Seu mau cheiro é insuportável.Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para sua classe.
O samurai ficou enfurecido.
O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva.
Empunhou a espada, ergueu-a sôbre a cabeça... e se preparou para decapitar o monge.
--- " Aí começa o inferno" disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara.Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento. O velho sábio continuou em silêncio.
Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero o monge lhe falou:
--- "Aí começa o céu."
Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade.Tanto o céu quanto o inferno, são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia.A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o comêço do inferno.É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros.Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior.
Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância.
Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança
Quando a injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão.
Diante da enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido dissolvente da revolta ou empunhar o escudo da fé.
Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável, podemos optar pelo punhal do desespêro ou pela chave da aceitação.
Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz. A decisão depende sempre de nós mesmos. Sòmente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.Portanto, criar céus ou infernos, portas lá dentro da nossa alma, é algo que ninguém poderá fazer por nós.
Nossa vontade é soberana.Nossa intimidade é um santuário do qual só nós possuimos a chave.Preservá-la das investidas das sombras e abri-la para que o sol possa iluminá-la so depende de nós.
ROSA MARIA



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