quinta-feira, 12 de maio de 2016

DILMA

"O petismo não se faz só de tolos bem-intencionados. A Lava-Jato evidencia de forma cabal que mesmo a ideologia, nesses mais de 13 anos, serviu de cortina de fumaça para o maior assalto aos cofres públicos de que se tem notícia, atenção, no mundo! Estamos falando de ladrões!" (Reinaldo Azevedo, em veja.com.br)

Há presidentes que pegam o país na lama e o devolvem na lama. São os políticos medianos que abundam pela história. Há presidentes que pegam o país no atoleiro e o conduzem a estradas pavimentadas. São os heróis, os estadistas. E há o caso de Dilma Rousseff.

Quando Dilma assumiu a presidência, o Brasil saboreava aquele alívio de quem entra na estrada de asfalto depois de quilômetros de solavancos da estrada de barro. Tínhamos inflação controlada e superávit suficiente para diminuir a dívida aos poucos. Bastava que Dilma dirigisse com cuidado e estaríamos bem. Mas ela preferiu dar cavalos de pau e se arriscar em ultrapassagens proibidas.

Por escolha consciente e declarada, abandonou a matriz econômica que FHC criou e Lula mais ou menos manteve, arruinou as contas que o Estado, depois de décadas de esforço, enfim vinha conseguindo organizar. As pedaladas fiscais transformam em desconfiança o entusiasmo de analistas e investidores internacionais.

Em 2014, para convencer os eleitores de que estava no caminho certo, Dilma dirigiu com ainda menos prudência. Gastou dinheiro que não podia, só para ganhar a eleição. Conseguiu se manter ao volante, mas levou o país de volta ao atoleiro.

Alguém pode dizer que a herança de Getúlio Vargas prejudicou o Brasil mais que o governo Dilma. É verdade – da CLT às estatais, ainda lidamos com problemas criados pelo caudilho. Mas é preciso dar um desconto a Getúlio. Ele respirava os ares da época – na Itália ou nos Estados Unidos, a novidade da década de 30 era criar uma máquina estatal pesada e poderosa.

Não foi o caso de Dilma. Ela desdenhou o arroz-com-feijão da política fiscal em nome de ideias obsoletas. Pior, quando ficou difícil de esconder o resultado de seus erros, Dilma adotou a estratégia populista de dividir o país e se dizer vítima da conspiração de elites. Mas foi ela quem mais beneficiou (via BNDES, barreiras alfandegárias e contratos superfaturados) as elites e oligarquias tradicionais.

Por isso tudo é razoável dizer que Dilma foi a pior presidente da história da República.

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