sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Blog Mais Nutrição

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Obesidade quadruplica em países em desenvolvimento, diz relatório

Posted: 03 Jan 2014 05:26 AM PST

Imagem: nubuck

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O número de adultos acima do peso ideal ou obesos nos países em desenvolvimento quase quadruplicou desde 1980, diz um relatório divulgado hoje na Grã Bretanha.

De acordo com o estudo, quase um bilhão de pessoas vivendo nesses países – nações como China, Índia, Indonésia, Egito e Brasil – estão acima do peso.

O relatório prevê um “enorme aumento” em casos de ataques cardíacos, derrames e diabetes à medida que os hábitos alimentares no mundo em desenvolvimento se aproximam dos padrões de países desenvolvidos, com mais consumo de açúcar, gordura animal e alimentos industrializados na dieta.

O estudo, feito pelo Overseas Development Institute, um dos principais centros de estudo sobre desenvolvimento internacional da Grã-Bretanha, comparou dados de 1980 com dados de 2008, e verificou que na América Latina, por exemplo, o percentual de pessoas acima do peso recomendado era de 30% em 1980 e de quase 60% 18 anos depois.

Obesidade globalizada
Globalmente, o percentual de adultos que apresentavam sobrepeso ou obesidade – que têm um Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 25 – cresceu de 23% para 34% entre 1980 e 2008. Em números absolutos, isso representa um crescimento de 250 milhões de pessoas em 1980 para 904 milhões em 2008.

A maior parte deste aumento foi visto no mundo em desenvolvimento, especialmente nos países onde os rendimentos da população cresceram, como o Egito e México.

O relatório do ODI diz que a composição das dietas nestes países mudou de cereais e grãos para o consumo de mais gorduras, açúcar, óleos e produtos de origem animal.

Isso se compara a 557 milhões em países de alta renda. No mesmo período, a população mundial quase dobrou.

Ao mesmo tempo, no entanto, a subnutrição é ainda reconhecida como um problema para centenas de milhões de pessoas no mundo em desenvolvimento, particularmente as crianças.

As regiões do Norte da África, Oriente Médio e América Latina apresentaram grandes aumentos nas taxas de sobrepeso e obesidade, para cerca de 58% da população geral, um nível em pé de igualdade com a Europa.

Enquanto a América do Norte ainda tem o maior percentual de adultos com excesso de peso, 70%, regiões como a Austrália e sul da América Latina não ficam muito atrás, com 63%.

O maior crescimento em pessoas com sobrepeso ocorreu no sul da Ásia oriental, onde a percentagem triplicou a partir de um ponto de partida mais baixo, de 7%, para 22%.

Entre os países, o relatório descobriu que a taxa de sobrepeso e obesidade quase dobrou na China e no México, e aumentou em um terço na África do Sul desde 1980.

Muitos países do Oriente Médio também registraram um alto percentual de adultos com excesso de peso.

Leia o restante da notícia no Terra.

Câncer de Lula elevou buscas na internet por parar de fumar

Posted: 03 Jan 2014 03:27 AM PST

Imagem: duduhp

Imagem: duduhp

O câncer de laringe do ex-presidente Lula, diagnosticado em 2011, pode ter sido o evento mais importante no Brasil até hoje em termos de estímulo à cessação do tabagismo, ao menos segundo escreve uma equipe de pesquisadores na revista “Preventive Medicine”.

Os autores, liderados por John Ayers, da Universidade Estadual de San Diego, nos EUA, analisaram, por meio do Google, o número de reportagens sobre parar de fumar publicadas em português nas semanas seguintes ao anúncio da doença do ex-presidente e também as buscas feitas no site com a expressão “parar de fumar”.

As reportagens sobre cessação do tabagismo foram 163% mais frequentes do que o esperado para o período na semana seguinte à divulgação do diagnóstico e voltaram aos patamares normais na segunda semana.

Já as buscas por como parar de fumar no Google aumentaram e se mantiveram em níveis altos nas semanas seguintes: 1,1 milhão de buscas a mais que o normal foram realizadas no mês após o anúncio do diagnóstico.

Só na segunda semana após a divulgação de que o ex-presidente tinha a doença, as pesquisas por esse tema foram 153% mais frequentes do que em períodos similares em anos anteriores.

De acordo com a análise, o câncer de Lula teve um impacto maior nessas buscas do que o Dia Mundial sem Tabaco e o Ano-Novo, datas que costumam concentrar o interesse pelo tema.

Os autores lembram que já se sabe que casos de celebridades com câncer levam a um aumento na busca por exames de rastreamento.

O fenômeno foi documentado em casos como o da cantora[bb] australiana Kylie Minogue. Um estudo de 2005 mostrou que após ela ter tornado público seu câncer de mama, a procura por mamografias cresceu 40% na Austrália.

No Brasil, médicos relataram aumento na procura por testes genéticos e mastectomia preventiva após a atriz Angelina Jolie ter revelado, em maio de 2013, que havia retirado as mamas por ter alto risco de tumores.

A novidade agora foi a detecção do estímulo a um comportamento que pode ajudar a prevenir a doença. O cigarro é um dos fatores de risco para o câncer de laringe, assim como o álcool e a infecção pelo HPV.

No entanto, o estudo não procurou detectar o efeito dessas buscas na prática: não se sabe quantas pessoas realmente deixaram de fumar por conta do câncer de Lula.

Para o cirurgião oncologista Luiz Paulo Kowalski, especialista em tumores de cabeça pescoço no A.C. Camargo Cancer Center, as pessoas tendem a se identificar mais com o problema quando há uma celebridade falando.

“Para algumas cai a ficha: se uma pessoa conhecida teve, também posso ter.”

Leia o restante da notícia na Folha OnLine.

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