quinta-feira, 25 de abril de 2013

5678 { Gênesis } => SIMPLES, PORÉM SINCEROS

SIMPLES, PORÉM SINCEROS

No subitem de letra "a" da questão de número 828 constante de "O Livro dos Espíritos" encontramos uma importante assertiva dos espíritos esclarecidos da codificação de Allan Kardec. Depois de afirmarem a responsabilidade crescente daqueles que já possuem desenvolvidas as faculdades da inteligência, disseram com muita propriedade: 
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"Os homens simples, porém sinceros, se encontram mais próximos do caminho que leva a Deus ao contrário daqueles que se esforçam por parecer o que não são".
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O ensinamento é por demais relevante para passar despercebido de nossas reflexões. A condição necessária para identificar aquelas criaturas mais próximas do caminho que leva a Deus é, pois, claramente exposta: simplicidade acompanhada de sinceridade. A condição estabelecida com lucidez é digna de nota, uma vez que se situa na posição composta, sendo certo que uma qualidade moral precisa estar necessariamente acompanhada da outra para ser eficaz e efetiva no caminho da evolução espiritual humana. 
Vejamos: compreendamos o significado de cada virtude elencada pelos espíritos superiores, indaguemos que tipo de simplicidade é referida na inesquecível lição. Não nos será difícil reconhecer que os espíritos da codificação se referiam à condição da humildade da criatura: "Bem-aventurados os pobres de espírito"! Como pobres de espírito compreendemos aqueles que não são soberbos, "os que não são orgulhosos", os que não são vaidosos, cheios do espírito de si mesmos. A simplicidade é a humildade da criatura reconhecer-se diante da própria pequenez perante o Eterno e Sua infinita Criação. Alguns exegetas da fé chegaram a interpretar que os bem-aventurados seriam os miseráveis e os pobres da vida material terrestre, buscando, inclusive, o voto de pobreza como caminho de elevação espiritual. A explicação de "O Livro dos Espíritos", contudo, nos esclarece em sentido diverso, aduzindo à necessidade de sermos simples a condição complementar de sermos também sinceros. É assim que observamos, por exemplo, que há pessoas que se revestem temporariamente da condição da simplicidade e da pobreza terrestres, mas que estão longe da sinceridade. Bem como também, de forma inversa, poderemos encontrar indivíduos extremamente sinceros e francos em suas relações sociais, mas que situam o próprio coração no fausto das ilusões do poder, da fama ou do dinheiro. 
Observemos em nós as qualidades perfeitas que deverão nos aproximar do caminho que leva a Deus e, fatalmente, precisaremos encarar a necessidade imperiosa de burilamento íntimo para que, à custa de esforço próprio, conquistemos simplicidade com sinceridade. Caso contrário, poderemos cair no resvaladouro da presunção de aparentar ser o que, definitivamente, ainda não somos.

Theophorus

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Nota do amigo espiritual : O Livro dos Espíritos, pergunta 828-a. 
(MENSAGEM PSICOGRAFADA POR GERALDO LEMOS NETO, EM REUNIÃO PÚBLICA NO CENTRO ESPÍRITA LUZ, AMOR E CARIDADE, NA NOITE DE 19 DE ABRIL DE 2013.

Melissa Tobias

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