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Conheça mitos e verdades sobre exercícios abdominais Posted: 27 Dec 2012 03:35 AM PST Receita “infalível” para perder a barriga, todo mundo tem. Para entender o que faz sentido e pode dar resultado em um programa para fortalecer o abdome, a Folha perguntou a educadores físicos, treinadores, fisiologista e fisioterapeuta o que há de mito e de verdade nas orientações para esses exercícios. Exercício localizado faz perder barriga? “No treino aeróbico a pessoa perde gordura no corpo todo, não apenas na barriga”, diz Saturno de Souza, diretor técnico da rede Bio Ritmo. E os exercícios localizados não fazem com que a perda de gordura ocorra em uma região específica. “O gasto calórico dos abdominais é irrisório, não serve para emagrecer”, diz Turíbio Leite de Barros, da Unifesp. É melhor fazer os exercícios todos os dias ou deixar o músculo descansar? “É preciso pelo menos 24 horas de descanso para o músculo recuperar o estoque de energia gasto durante o exercício e se refazer dos microtraumas provocados pelo esforço. É esse processo que cria volume e definição muscular”, diz. Quem não tem como objetivo uma barriga hipertrofiada pode fazer os exercícios abdominais diariamente, desde que não sejam muito intensos e que trabalhem diferentes músculos a cada dia –por exemplo, alternando exercícios para os retos do abdome e para os transversos–, sugere Saturno de Souza, diretor técnico da rede Bio Ritmo. Aparelhos resolvem ou é melhor usar o peso do próprio corpo? No aparelho, os músculos são trabalhados de forma isolada, algo que não acontece quando a pessoa se movimenta normalmente para realizar atividades cotidianas. Estudos realizados no departamento de cinesiologia da faculdade de Los Angeles com aparelhos que medem com eletrodos a atividade muscular mostraram que, sem aparelhos, o trabalho dos músculos é um pouco maior, conta Eduardo Neto, diretor técnico das academias Bodytech. Mas os aparelhos podem ser vantajosos para o iniciante, porque evita que a pessoa force outras partes do corpo, como o pescoço, durante a execução do exercício, diz o educador físico Saturno de Souza. Quais são as principais características dos novos abdominais? “Fazemos, por exemplo, exercícios de agachamento, parece que são para a perna. Mas o aluno tem que fazer o movimento contraindo o abdome, para manter a postura, e assim ele também exercita os músculos dos glúteos e da região lombar”, conta o professor Luciano D’Elia, que é especializado em treino funcional. Os “novos” abdominais incluem exercícios isométricos — caracterizados pela contração muscular sustentada por algum tempo, sem que aconteça o movimento das articulações. Esses exercícios substituem aquelas numerosas repetições das flexões tradicionalmente usadas para o fortalecimento da barriga. Já há um consenso na área acadêmica que esse tipo de abdominal não é tão eficiente e acaba aumentando o risco de lesão na coluna, especialmente na lombar. Agora, “a pessoa é deixada por alguns segundos em uma posição que exija a contração do abdome e dos glúteos, como acontece em algumas posturas invertidas da ioga”, exemplifica a educadora física Juliana Romantini, professora da academia Cia. Athletica. Gerar instabilidade, fazendo a pessoa subir em uma bola ou ficar de pé em uma prancha, é outra estratégia utilizada nas novas aulas de abdominais para trabalhar a musculatura mais profunda da região. Quanto maior o número de repetições, melhor é o resultado do treino para fortalecer o abdome? E para quem quer resultados mais visíveis, como uma barriga tanquinho? “Muita repetição não é o mais indicado para ganhar definição muscular. Esse resultado pode ser obtido com uma combinação de treino, alimentação e repouso”, afirma o educador físico Luciano D’Elia, especialista em treino funcional. Dá para ganhar uma barriga ‘chapada’ em um mês de treino? Os resultados dos abdominais são iguais para homens e mulheres? Leia o restante das dúvidas na Folha. Imagem: scottsnyde http://www.sxc.hu/photo/828377 |
Cinco quilos a mais, meia hora a menos Posted: 26 Dec 2012 06:16 AM PST Estar pouco acima do peso ideal rouba 30 minutos de vida diária. O conceito de microvida e o impacto de nossas escolhas. Não conheço uma só pessoa que tenha sido convencida a adotar uma vida mais saudável graças a mensagens impositivas e moralistas do tipo: "Faça isso, não faça aquilo"; "Seja assim, não seja assado". O tom adotado para propagar grande parte dos conselhos de saúde é inadequado e ineficaz. Em vez de promover mudança, cria rejeição. Está certo quem diz que os maus hábitos de hoje vão roubar qualidade e anos de vida no futuro, mas esse discurso não faz o sedentário sair do sofá nem o glutão parar no primeiro hambúrguer. A mudança só acontece se a pessoa tomar consciência genuína dos riscos que corre ou se tiver alguma outra grande motivação. A transformação nasce de um processo individual, silencioso e, muitas vezes, sem explicação fácil. Pergunte a um ex-fumante ou a um ex-gordinho por que ele resolveu mudar de vida e, possivelmente, ouvirá algo assim: "De repente, caiu a ficha". Caiu a ficha de que ele gostaria de viver bem hoje, agora mesmo. O futuro, essa coisa intangível, complica a equação. Dizer para uma pessoa "se economizar" para ter um futuro melhor é, quase sempre, pregar no deserto. Incomodado com essa constatação, um professor da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, resolveu criar uma forma de demonstrar o impacto dos maus hábitos sobre a vida diária. Em vez de falar sobre o futuro, fala sobre o presente. David Spiegelhalter é bioestatístico. Ele reuniu os estudos populacionais mais confiáveis sobre o impacto dos hábitos diários sobre a expectativa de vida. Fumar encurta a vida em quantos anos? E estar acima do peso? E beber? E ser sedentário? A partir desses dados, o professor estimou o impacto dos danos sobre cada dia de vida. O trabalho foi publicado nesta semana no British Medical Journal. Os cálculos se basearam nas escolhas de homens e mulheres de 35 anos que continuassem com os mesmos hábitos ao longo do resto da vida. Para expressar os resultados, ele criou uma unidade, chamada de microvida. Cada microvida indica a perda ou ganho de 30 minutos diários de vida. Alguns exemplos: Perda de vida diária
Ganho diário de vida
O professor também usou a unidade microvida para expressar o resultado de determinados dados demográficos sobre as condições de saúde. Na comparação com os homens, as mulheres têm uma vantagem de 120 minutos diários de vida. Um homem que nasce e vive na Suécia tem uma vantagem de 630 horas diárias em relação a um russo. Viver em 2010 representa um ganho de 450 horas diárias em relação às condições sanitárias, sociais e econômicas de 1910. O conceito de microvida exige alguma abstração. OK, os dias têm apenas 24 horas, mas pensar na velocidade do envelhecimento como Spiegelhalter propõe é estimulante. Fica mais fácil entender que quanto mais uma pessoa acumula maus hábitos, mais rapidamente ela "queima" seu estoque de horas de vida a cada dia que passa. "Quem fuma 20 cigarros diariamente corre em direção à morte 29 horas por dia, em vez de 24", diz Spiegelhalter. A nova ferramenta é interessante, mas têm limitações. Os cálculos são baseados em hábitos adotados ao longo de uma vida inteira. Não é possível usá-los para apontar, por exemplo, os malefícios de poucos cigarros tragados em um momento específico da vida. Além disso, as perdas e ganhos de vida são médias calculadas de acordo com os dados obtidos em estudos populacionais. Esses dados ignoram a variabilidade existente entre as pessoas e a forma como o organismo de cada um reage a estímulos benéficos ou maléficos. Bons hábitos prolongam a vida. Ajudam a viver mais e melhor. As boas escolhas ajudam a explicar porque alguns idosos chegam saudáveis e bem dispostos aos 80 anos, enquanto a maioria envelhece mal. O estilo de vida saudável, no entanto, não é suficiente para explicar a existência de superidosos como o arquiteto Oscar Niemeyer, morto recentemente aos 104 anos. Para ler o restante do texto, clique aqui. |
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