Já foi comunista e se decepcionou. Já foi petista e está decepcionado.
O texto abaixo é de sua autoria.
Pare ele, o chefe do Mensalão é Lula.
Geraldo Batista.
> Date: Tue, 30 Oct 2012 11:29:20 -0200
> Subject: Fwd: FW: FERREIRA GULLAR - TAPAR O SOL
> From: kerginaldorn@hotmail.com
>
> TAPAR O SOL
>
>
> Publicado ontem pela "FOLHA", o texto magnífico de Ferreira Gullar,
> que, diga-se de passagem, é de esquerda, talvez seja o que melhor
> definiu o presidente Lula nos últimos tempos. Quase uma minibiografia.
>
>
> Leitura obrigatória para quem, de fato, quer conhecer a verdade,
> escrita por alguém que foi testemunha ocular da história.
>
>
> TAPAR O SOL
>
> Por FERREIRA GULLAR
>
>
> "O julgamento do STF realiza-se à vista de milhões de telespectadores.
> Não é uma conspiração"
>
> GOSTARIA DE deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o
> ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou
> ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido,
> com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido
> político, o que poderia levar o leitor àquela suposição.
>
> Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e
> especificamente a certas declarações que emite, sem qualquer
> compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho
> como um líder político importante, capaz de influir no destino do
> país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que
> desfruta, importa a todos nós.
>
> E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz
> afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer
> compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará
> as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que
> ele diga, seja o que for.
>
> Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do "New York
> Times", quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção
> de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação
> quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse
> processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em
> tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e
> total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.
>
> Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país
> aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de
> políticos e jornalistas irresponsáveis?
>
> E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos
> desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar,
> como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer,
> implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande
> farsa.
>
> Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para
> levar o entrevistador do "NYT" a crer na sua versão, disse que não
> precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a
> maioria dos deputados federais.
>
> Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91
> deputados; o PSB, 24,; o PL, 26, o PC do B, 12, num total de 153
> deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão
> negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara
> Federal.
>
> Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não
> comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os
> comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los.
> Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou.
> Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua
> militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar
> ao poder ou o mantiver nele.
>
> Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o
> mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto
> a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era
> o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o
> procurador-geral da República declarou que, se os dados se
> confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala
> e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.
>
> Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o
> apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um
> documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de
> perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos
> golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart,
> como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de
> militares golpistas.
>
> O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de
> telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que
> a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que
> não está no poder?
>
> O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo
> Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo,
> após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula,
> nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um
> manifesto, seja um mensalão.
> Subject: Fwd: FW: FERREIRA GULLAR - TAPAR O SOL
> From: kerginaldorn@hotmail.com
>
> TAPAR O SOL
>
>
> Publicado ontem pela "FOLHA", o texto magnífico de Ferreira Gullar,
> que, diga-se de passagem, é de esquerda, talvez seja o que melhor
> definiu o presidente Lula nos últimos tempos. Quase uma minibiografia.
>
>
> Leitura obrigatória para quem, de fato, quer conhecer a verdade,
> escrita por alguém que foi testemunha ocular da história.
>
>
> TAPAR O SOL
>
> Por FERREIRA GULLAR
>
>
> "O julgamento do STF realiza-se à vista de milhões de telespectadores.
> Não é uma conspiração"
>
> GOSTARIA DE deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o
> ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou
> ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido,
> com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido
> político, o que poderia levar o leitor àquela suposição.
>
> Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e
> especificamente a certas declarações que emite, sem qualquer
> compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho
> como um líder político importante, capaz de influir no destino do
> país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que
> desfruta, importa a todos nós.
>
> E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz
> afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer
> compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará
> as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que
> ele diga, seja o que for.
>
> Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do "New York
> Times", quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção
> de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação
> quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse
> processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em
> tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e
> total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.
>
> Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país
> aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de
> políticos e jornalistas irresponsáveis?
>
> E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos
> desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar,
> como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer,
> implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande
> farsa.
>
> Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para
> levar o entrevistador do "NYT" a crer na sua versão, disse que não
> precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a
> maioria dos deputados federais.
>
> Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91
> deputados; o PSB, 24,; o PL, 26, o PC do B, 12, num total de 153
> deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão
> negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara
> Federal.
>
> Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não
> comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os
> comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los.
> Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou.
> Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua
> militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar
> ao poder ou o mantiver nele.
>
> Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o
> mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto
> a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era
> o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o
> procurador-geral da República declarou que, se os dados se
> confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala
> e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.
>
> Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o
> apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um
> documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de
> perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos
> golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart,
> como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de
> militares golpistas.
>
> O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de
> telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que
> a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que
> não está no poder?
>
> O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo
> Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo,
> após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula,
> nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um
> manifesto, seja um mensalão.
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